Um novo estudo publicado no periódico BMC Geriatrics desafia a ideia de que a perda de dentes é uma consequência inevitável do envelhecimento. Com um acompanhamento de quase quatro anos envolvendo mais de 8 mil idosos, os pesquisadores descobriram que a perda rápida de dentes está associada a um aumento significativo no risco de morte, com 5.176 mortes registradas durante o período do estudo.
Os resultados indicam que a saúde bucal tem um impacto direto na saúde geral dos idosos. A cirurgiã-dentista Letícia Bezinelli enfatiza que a perda dentária afeta não apenas a estética, mas também a capacidade de mastigar, o que pode levar a problemas nutricionais e de saúde mental. Além disso, doenças bucais como a periodontite podem desencadear inflamações sistêmicas, agravando condições como diabetes e doenças cardiovasculares.
Para prevenir a perda dentária, especialistas recomendam práticas de higiene oral, visitas regulares ao dentista e uma dieta equilibrada. É fundamental que a saúde bucal seja integrada às políticas públicas de saúde para idosos, considerando que a percepção cultural de que a perda de dentes é normal na velhice deve ser desafiada. O estudo sublinha a importância de um envelhecimento saudável e os cuidados que podem ser tomados para preservar a saúde bucal ao longo da vida.