No último sábado, 20, a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou um novo conjunto de ações judiciais contra oito entidades, entre elas a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag). A acusação se baseia em descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teriam causado um prejuízo significativo aos aposentados. A AGU busca restabelecer a ordem, bloqueando R$ 6,6 bilhões em ativos para garantir o ressarcimento aos afetados.
As investigações da Polícia Federal revelaram que a Contag foi a principal beneficiária dos descontos ilegais, recebendo cerca de R$ 2 bilhões entre janeiro de 2019 e março de 2024. Este desvio de recursos é parte da Operação Sem Desconto, que já está em andamento e tem como objetivo identificar e responsabilizar os envolvidos. Além da Contag, outros sindicatos e associações também estão sob investigação, refletindo um escândalo mais amplo que envolve diversas entidades ligadas ao setor.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, que foi indicado para o Supremo Tribunal Federal, enfrenta críticas pela demora em agir em relação a essas irregularidades. O atraso em processar algumas destas entidades levanta questões sobre a eficiência da AGU na proteção dos direitos dos aposentados. Com o andamento das ações judiciais, espera-se que o sistema de aposentadorias seja mais rigorosamente fiscalizado, minimizando os riscos de novos desvios de recursos.

