A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 10 de dezembro, o novo Plano Nacional de Educação (PNE) para a próxima década, propondo a implementação de um Sistema Nacional de Educação (SNE) que visa transformar a gestão educacional no Brasil. O projeto, que agora segue para o Senado, estabelece metas significativas, incluindo o aumento do investimento público em educação para 10% do PIB e a universalização da pré-escola em um prazo de dois anos.
Apesar do otimismo oficial, a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, expressa preocupações sobre a eficácia do novo plano, citando que apenas 30% das metas do PNE anterior foram cumpridas. O professor João Ferreira de Oliveira, da UFG, apresenta uma visão mais esperançosa, argumentando que o SNE pode ser um marco civilizatório que promove uma gestão educacional mais integrada, desde que haja comprometimento político e orçamentário.
O projeto, que ainda passará por ajustes no Senado, pode representar uma oportunidade de mudança significativa no setor educacional. Contudo, a tensão entre as ambições do plano e as realidades orçamentárias e operacionais das escolas é uma preocupação constante, uma vez que o sucesso do novo PNE dependerá da capacidade de transformar as diretrizes em ações concretas nas salas de aula.