Estudo revela racismo no mercado imobiliário da Alemanha

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 1 min.

Um estudo do Centro Alemão de Pesquisa sobre Integração e Migração (DeZIM) expõe a discriminação racial e religiosa no mercado imobiliário da Alemanha. A pesquisa, realizada entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, revelou que 35% dos muçulmanos e 39% das pessoas negras relataram exclusão em visitas a apartamentos, em contraste com apenas 11% de pessoas brancas que se sentiram discriminadas.

Os resultados indicam que candidatos com nomes de origem alemã têm 22% de chance de serem convidados para visitas a imóveis, em comparação com apenas 16% para aqueles com nomes comuns em regiões como o Oriente Médio e a África. Além disso, o estudo aponta que minorias étnicas enfrentam condições de habitação precárias e um ônus financeiro maior, gastando frequentemente mais de 40% de sua renda em moradia.

A pesquisa destaca a necessidade urgente de fortalecer a legislação antidiscriminação e ampliar a oferta de moradias sociais. Especialistas alertam que a discriminação está entranhada no cotidiano do mercado imobiliário, com casos de rejeição velada e conflitos entre vizinhos que mascaram racismo. As autoridades alemãs devem intensificar esforços para garantir que todos tenham acesso igualitário à habitação.

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