Lula confirma adiamento do acordo UE-Mercosul para janeiro de 2026

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, neste sábado (20), o adiamento da assinatura do aguardado acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, que estava prevista para ocorrer durante a Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu. O acordo, que envolve países como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, foi adiado para janeiro de 2026, e a mudança ocorre em meio a pressões de líderes europeus para discutir medidas de proteção agrícola. Lula expressou sua frustração, mas manteve a expectativa de que o tratado será assinado em janeiro, com o apoio de líderes como Ursula von der Leyen e António Costa.

Durante seu discurso, Lula explicou que a oposição da França ao acordo não é a única razão para o adiamento, citando também problemas internos da União Europeia relacionados à distribuição de verbas para a agricultura. Ele mencionou uma conversa com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que se mostrou disposta a assinar o acordo em janeiro, o que pode minimizar a resistência francesa. A expectativa é que o tratado, que tem sido negociado há 26 anos, finalmente seja concretizado no início da presidência paraguaia.

Além disso, Lula enfatizou a importância de expandir acordos comerciais com outros parceiros, incluindo a Associação Europeia de Livre Comércio e outros países da América Latina. O presidente também abordou a necessidade de aumentar o comércio intrarregional, que atualmente está abaixo do potencial, e destacou as negociações em andamento com nações como Índia, Japão e Vietnã. A assinatura do acordo UE-Mercosul, quando realizada, poderá fortalecer a posição do bloco no comércio global.

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