A Câmara de Goiânia encerra o ano legislativo envolta em um clima de tensão entre os vereadores e o Paço Municipal, com negociações intensas sobre o orçamento e a revogação da Taxa do Lixo. O prefeito Sandro Mabel (UB) se vê obrigado a ceder em algumas pautas para garantir a aprovação do orçamento, que teve sua tramitação destravada após ajustes feitos em meio a críticas dos parlamentares.
O Legislativo, ao longo da última semana, condicionou a aprovação do orçamento a mudanças significativas no texto, refletindo uma insatisfação generalizada com a proposta inicial do Executivo. A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que inclui limites de remanejamento e o aumento de emendas parlamentares, mostra como a Câmara busca uma maior autonomia e controle sobre as finanças municipais, em um cenário de desconfiança mútua entre os envolvidos.
Com a aprovação de um voto em separado que preserva o percentual de remanejamento em 23% e a revogação da Taxa do Lixo em pauta, as negociações entre o Legislativo e o Executivo se intensificam. O desfecho dessas disputas poderá estabelecer as bases para a governabilidade em 2026, ressaltando a importância do diálogo entre as partes para evitar impasses futuros e assegurar a continuidade das atividades administrativas na capital.

