Na última sexta-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos começou a divulgar documentos relacionados às investigações do notório criminoso sexual Jeffrey Epstein, em cumprimento à Epstein Files Transparency Act. Essa legislação, sancionada pelo ex-presidente Donald Trump, exigia a liberação de todos os registros não classificados dentro de 30 dias. Contudo, a administração alertou sobre possíveis atrasos na entrega total dos arquivos devido ao volume de informações que precisavam ser redigidas para proteger a identidade das vítimas.
As primeiras liberações incluem centenas de milhares de registros, mas o Departamento de Justiça enfrenta críticas de membros do Partido Democrata, que afirmam que o governo está descumprindo a lei e encobrindo informações cruciais sobre a rede de tráfico sexual associada a Epstein. Em uma declaração, os democratas enfatizaram que a falta de transparência prejudica os sobreviventes e impede a responsabilização dos co-conspiradores envolvidos. O vice-procurador-geral afirmou que cada documento está sendo cuidadosamente revisado para garantir a proteção das vítimas.
O atraso na liberação completa dos arquivos pode prolongar a atenção sobre as investigações governamentais em torno de Epstein, um tema que já gerou polêmica durante o governo Trump. Embora o ex-presidente tenha negado qualquer envolvimento nas atividades ilegais de Epstein, sua amizade com o financista e a pressão pública por transparência continuam a ser questões sensíveis. A situação ressalta a complexidade da relação entre política, justiça e direitos das vítimas em casos de grande repercussão.

