Deltan Dallagnol, ex-procurador da Operação Lava Jato, efetuou o pagamento de R$ 146 mil em indenização ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme decisão judicial. Este montante foi determinado após a condenação de Dallagnol por danos morais relacionados ao infame episódio do PowerPoint, onde ele acusou Lula de ser o líder de uma organização criminosa em 2016. O comprovante de depósito foi entregue ao Tribunal de Justiça de São Paulo no dia 3 de dezembro, e o valor foi arrecadado por meio de doações de seus apoiadores.
O caso do PowerPoint gerou controvérsias e consequências legais significativas, especialmente após a anulação dos processos que envolviam Lula, com o Supremo Tribunal Federal (STF) considerando o ex-juiz Sérgio Moro parcial na condução das investigações. Cristiano Zanin, atual ministro do STF e ex-advogado de Lula, criticou a postura de Dallagnol, argumentando que a apresentação foi utilizada para comprometer a reputação do ex-presidente. A condenação anterior ao pagamento de R$ 75 mil em 2022 foi corrigida com juros, levando ao valor atual.
Além do pagamento da indenização, Deltan Dallagnol enfrentou a cassação de seu mandato como deputado federal em maio de 2023, devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O tribunal considerou que ele pediu exoneração do cargo de procurador enquanto havia processos administrativos em andamento que poderiam torná-lo inelegível. Estes eventos sublinham a complexidade das consequências legais da Lava Jato e os impactos duradouros na trajetória política de Dallagnol.

