Nesta sexta-feira (19), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu anular parcialmente a investigação conduzida pela Polícia Federal contra o governador do Acre, Gladson Cameli. A decisão foi motivada por irregularidades no processo de apuração, levando à anulação de provas coletadas entre 2020 e 2021, quando o governador já era alvo de investigações por corrupção e desvio de verbas públicas.
As acusações contra Cameli envolvem um suposto desvio de aproximadamente R$ 11 milhões, através de empresas que mantinham contratos com o governo estadual. Durante a votação, o colegiado formou um placar de 4 a 1, reconhecendo que a coleta de provas foi realizada sem a devida autorização judicial, o que comprometeu a validade da investigação. O voto decisivo do ministro Mendonça destacou a usurpação da competência do STJ nas investigações iniciais.
Apesar da anulação, Cameli continua enfrentando sérias consequências legais, uma vez que é réu no STJ por crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. O julgamento no STJ, que também está em andamento, pode resultar em condenação e perda do cargo, conforme proposta da relatora, que sugeriu uma pena de 25 anos de prisão. A continuidade deste processo será retomada em 2026, após o recesso de fim de ano.