Na última sexta-feira (19), Cuba denunciou que a embaixada dos Estados Unidos em Havana negou vistos a quase 70 atletas, árbitros e dirigentes esportivos, um número considerado ‘sem precedentes’. A diretora de Relações Internacionais do Instituto Cubano de Esportes destacou a prática comum de restrições desde a revolução de 1959, mas ressaltou que a atual situação é alarmante para os preparativos de Cuba para os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.
As restrições afetam atletas de diversas modalidades, como tênis de mesa, basquete e vôlei, além de diretores do Comitê Olímpico Cubano. A Federação Cubana de Beisebol e Softbol expressou preocupação com a participação de cubanos no VI Clássico Mundial de Beisebol, que ocorrerá em março, em sua maioria nos Estados Unidos. A falta de vistos pode comprometer não apenas a presença dos atletas, mas também a imagem do esporte cubano internacionalmente.
A embaixada dos Estados Unidos não comentou imediatamente sobre as alegações. O aumento das restrições de vistos, especialmente sob a administração de Donald Trump, intensificou a tensão entre os dois países e levantou questões sobre o impacto dessas políticas nas relações esportivas. As dificuldades enfrentadas podem gerar um cenário de incerteza que prejudica o desenvolvimento esportivo da ilha, colocando em risco a participação de Cuba em futuras competições.