Em um movimento inédito, a Ucrânia atacou um petroleiro da frota ‘fantasma’ russa, conhecida por driblar sanções internacionais, na costa da Líbia, nesta sexta-feira (19/12). Este ataque com drones representa a primeira ação militar ucraniana no Mar Mediterrâneo em quase quatro anos de conflito com a Rússia, destacando a crescente ousadia de Kiev em suas operações. O navio, identificado como Qendil, estava vazio no momento do ataque e não houve ameaças ambientais significativas.
A frota ‘fantasma’, composta por até 1.000 navios que frequentemente mudam de bandeira, permite à Rússia continuar suas exportações de petróleo, essenciais para financiar sua economia e seu esforço bélico. Especialistas apontam que essas embarcações não apenas burlam sanções, mas também podem estar envolvidas em atividades hostis na Europa. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) declarou que o ataque foi uma operação especial e que o petroleiro era um alvo legítimo, dado seu papel no financiamento do arsenal militar russo.
Em resposta, o Kremlin, através do presidente Vladimir Putin, classificou o ataque como ‘pirataria’ e prometeu retaliações. Putin alertou que tais ações não interromperão os fornecimentos, mas apenas criarão novas ameaças. Este episódio ilustra a escalada do conflito e a determinação da Ucrânia em atacar onde quer que os interesses russos estejam, sinalizando um novo estágio na guerra em curso.

