Putin endurece discurso e critica UE durante coletiva em Moscou

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

Na coletiva anual realizada em Moscou, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não fará novas concessões para encerrar a guerra na Ucrânia. Ele acusou a União Europeia de promover um ‘roubo à luz do dia’ ao considerar o uso de ativos russos congelados para financiar a defesa ucraniana. Putin reiterou que a Rússia só aceitará um acordo de paz que respeite as condições já estabelecidas pelo Kremlin, incluindo a neutralidade da Ucrânia e a retirada das tropas ucranianas de territórios reivindicados pela Rússia.

Durante suas declarações, Putin salientou que não vê disposição imediata da Ucrânia para um acordo e mencionou apenas ‘certos sinais’ de abertura para diálogo. Ele criticou a recente decisão da UE de não avançar com o plano de usar ativos russos, considerando-a uma demonstração de fraqueza. O líder russo advertiu que a discussão sobre o confisco de ativos pode comprometer a imagem da UE como um lugar seguro para reservas internacionais, o que pode afetar sua posição econômica a longo prazo.

Putin também abordou a questão da segurança na Europa, afirmando que a Rússia não tem intenção de atacar outros países, incluindo membros da Otan, desde que seja ‘tratada com respeito’. Ele se mostrou disposto a colaborar com a Europa em condições de igualdade, enquanto líderes europeus consideram a Rússia uma ameaça a longo prazo. A postura de Putin, de firmeza nas exigências e ao mesmo tempo abertura ao diálogo, indica que as tensões no conflito ucraniano provavelmente continuarão a se intensificar.

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