Rosa, uma mãe guatemalteca de 32 anos, concedeu a tutela legal de seus filhos a uma ativista, temendo ser deportada após a detenção de seu marido na Flórida. A decisão ocorre em um contexto de crescente apreensão entre migrantes sem documentos, que buscam garantir a proteção de seus filhos diante da dura realidade da política de imigração. Essa medida permite que a ativista assine documentos essenciais para as crianças, caso os pais sejam detidos.
Nos últimos meses, a prática de conceder a tutela a adultos de confiança tem crescido, especialmente na Flórida, onde as detenções por parte do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) se intensificaram. Nora Sandigo, a ativista responsável pela tutela, tem recebido um número crescente de solicitações, refletindo a angústia das famílias diante da incerteza. A situação é ainda mais delicada para as crianças, que enfrentam o medo constante de separação dos pais.
As implicações dessa situação vão além da tutela, afetando a saúde emocional das crianças e a dinâmica familiar. Sandigo, que já cuidou de milhares de crianças, expressa preocupação com os danos psicológicos que a atual política migratória pode causar a uma geração inteira. A pressão sobre essas famílias migra para o futuro, criando um ambiente de incerteza que pode moldar suas vidas de maneiras profundas e duradouras.

