No Reino Unido, trabalhadores noturnos imigrantes, como Roxana Panozo Alba e Leandro Cristovao, enfrentam condições de trabalho desafiadoras. Roxana, boliviana de 46 anos, realiza a limpeza de escritórios em Londres durante a madrugada, enquanto Leandro, angolano, embala alimentos em um armazém. Ambos relatam problemas de saúde e a dificuldade de equilibrar a vida familiar com o trabalho noturno.
Esses imigrantes representam uma parte crescente da força de trabalho noturna, com dados de 2022 indicando que cerca de dois milhões de trabalhadores noturnos são estrangeiros. Apesar de serem essenciais para o funcionamento da economia britânica, muitos deles se sentem invisíveis e desvalorizados, realizando tarefas em setores frequentemente rotulados como de ‘baixa qualificação’. O professor Julius-Cezar Macarie destaca a importância dessa mão de obra para garantir a operação contínua da sociedade.
As recentes mudanças nas políticas de imigração do governo britânico, que incluem restrições aos vistos de trabalho para assistentes sociais, alarmam muitos desses trabalhadores. Com o aumento do sentimento anti-imigração, a situação pode se tornar ainda mais precária. A luta por melhores condições e reconhecimento continua, enquanto esses trabalhadores se esforçam para sustentar suas famílias em meio a desafios diários.