A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS convocou Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, a depor em decorrência de novas investigações da Polícia Federal sobre fraudes relacionadas a descontos em aposentadorias e pensões. O pedido foi protocolado pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar, que também incluiu o senador Weverton Rocha e outros investigados na recente fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em 18 de dezembro de 2025.
O relator busca aproveitar os novos elementos trazidos pela operação para reexaminar personagens que inicialmente foram poupados nas investigações. A inclusão de Lulinha ocorre em meio a indícios de pagamentos suspeitos a uma empresária próxima a ele, o que levanta questionamentos sobre o envolvimento de figuras ligadas ao governo nas fraudes apuradas. A CPMI, portanto, se vê diante de um cenário que pode trazer novas revelações e aumentar a pressão sobre a base aliada do governo Lula.
Com a convocação de Lulinha e outros nomes próximos ao núcleo político do governo, a CPMI do INSS tende a ganhar nova intensidade. O avanço das investigações pode gerar um desgaste político significativo para o Planalto, especialmente se as convocações forem aprovadas pelo colegiado, onde a disputa entre governistas e oposicionistas é acirrada. Assim, o desdobramento das investigações pode influenciar ainda mais o atual cenário político e a dinâmica entre as forças no Congresso.

