Nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em Brasília que a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas é inconstitucional. Com essa decisão, o STF invalidou o entendimento que restringia os direitos territoriais dos indígenas às terras que ocupavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. A votação ocorreu em um contexto de intensos debates e manifestações em defesa dos direitos indígenas.
A análise da tese do marco temporal no STF ocorre dois anos após a declaração anterior de inconstitucionalidade. Além disso, a regra havia sido vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional. A situação é complexa, pois entidades indígenas e partidos governistas também contestaram a validade da tese por meio de ações no STF, enquanto o Senado aprovou uma proposta de Emenda à Constituição que a insere na Carta Magna.
Com a decisão do STF, há uma expectativa de desdobramentos significativos para a política de demarcação de terras indígenas no Brasil. A medida pode impactar o relacionamento entre o governo, os produtores rurais e as comunidades indígenas, além de influenciar futuros debates legislativos sobre os direitos territoriais. O cenário continua em evolução, e os próximos passos dependerão das orientações que serão emitidas após a finalização do julgamento.

