A Agence France-Presse (AFP) anunciou, nesta sexta-feira, 19 de dezembro, que planeja reformar seu sistema de expatriação de jornalistas até 2028. Essa mudança visa reduzir custos operacionais, em resposta a um plano de economia comunicado há alguns meses. O presidente da AFP, Fabrice Fries, apresentou as diretrizes gerais ao conselho de administração e aos representantes dos funcionários no Comitê Social e Econômico.
A reforma do sistema de expatriados, que inclui benefícios significativos como auxílio-moradia e educação dos filhos para cerca de 270 jornalistas, é vista como um passo necessário, embora os sindicatos expressem preocupações sobre um possível desmantelamento das condições de trabalho atuais. A direção da AFP informou que os custos associados a esses benefícios chegaram a 16,7 milhões de euros, o que equivale a aproximadamente 160 cargos de jornalistas na França. Além disso, a AFP implementou um plano de incentivo à aposentadoria, com 46 funcionários já aceitando a proposta.
Essas mudanças fazem parte de um plano mais amplo que visa economizar entre 10 e 12 milhões de euros anualmente a partir de 2026, em um contexto de crise na mídia. A direção também prevê congelar 20 vagas de jornalistas, não preenchendo essas posições. A AFP, que não possui acionistas e conta com o Estado francês como um de seus clientes, está tentando se adaptar a um mercado em mudança, buscando um aumento nos salários locais em áreas onde estão desatualizados.

