A Polícia Federal (PF) está investigando os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro, por supostos desvios de recursos públicos relacionados à cota parlamentar. Na sexta-feira, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços associados aos parlamentares, com o objetivo de apurar um esquema de pagamentos irregulares que envolve contratos falsos com locadoras de veículos.
A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que reúne diversas despesas necessárias ao exercício do mandato, é o foco das investigações. Em um levantamento anterior, constatou-se que os gastos de Sóstenes com aluguel de carro eram quase o dobro da média dos demais parlamentares, gerando suspeitas sobre a legalidade de suas despesas. Além disso, a PF encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo em um dos endereços investigados, o que levanta ainda mais preocupações sobre a gestão de recursos públicos.
As implicações desta operação são significativas, não apenas para os deputados envolvidos, mas também para a imagem do legislativo brasileiro. A investigação pode resultar em novas medidas de controle sobre o uso de cotas parlamentares e reforçar a pressão por maior transparência nas finanças públicas. Enquanto isso, os deputados afirmam sofrer perseguições, o que poderá intensificar a discussão sobre a ética no exercício da função pública.