O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início a uma nova fase da Operação Galho Fraco, com a autorização do ministro Flávio Dino, que investiga os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro, por peculato e lavagem de dinheiro. O magistrado fundamentou sua decisão em indícios de um esquema de desvio de recursos da cota parlamentar, que envolve a utilização de empresas de fachada e pagamentos irregulares, além de diálogos que sugerem pagamentos realizados ‘por fora’.
A investigação revela um complexo arranjo envolvendo assessores, empresas e movimentações financeiras suspeitas, que indicam a possível participação direta dos parlamentares no desvio de recursos públicos. Dino destacou práticas como o “smurfing”, que consiste na fracionamento de valores em transações financeiras para evitar detecções, e o uso de cotas parlamentares para despesas inexistentes. Elementos coletados pela Polícia Federal sugerem um núcleo familiar atuando como operador financeiro do esquema.
Com a ampliação das investigações, a operação não apenas foca em assessores, mas agora também nos próprios deputados, o que pode resultar em sérias implicações legais. A continuidade da apuração poderá levar a novos desdobramentos, incluindo a responsabilização direta dos parlamentares, caso as evidências se confirmem. Assim, o STF avança na luta contra a corrupção, buscando assegurar a responsabilização de figuras públicas envolvidas em atos ilícitos.

