Um novo estudo conduzido na Suécia sugere uma possível associação entre a presença de tatuagens e o aumento do risco de melanoma, um tipo de câncer de pele. Realizada por pesquisadores da Universidade de Lund, a pesquisa analisou 2.880 casos e encontrou que cerca de 22% dos indivíduos diagnosticados com melanoma tinham tatuagens, em comparação com aproximadamente 20% do grupo controle. Os resultados indicam um risco relativo de 29%, especialmente para tatuagens coloridas, mas não estabelecem uma relação de causalidade clara.
Os especialistas alertam que a investigação é um ponto de partida e não uma conclusão definitiva. O estudo, que se baseia em dados retrospectivos e questionários, apresenta limitações, incluindo a inclusão de nevos atípicos que não são tecnicamente melanoma. Além disso, fatores de risco clássicos, como queimaduras solares na infância, não foram considerados na análise, o que pode distorcer a interpretação dos resultados.
Diante dessas considerações, os profissionais de saúde enfatizam a importância de medidas preventivas, como o uso de protetor solar e acompanhamento dermatológico regular. Embora a popularidade das tatuagens cresça, a proteção da pele continua sendo crucial. O estudo contribui para o debate sobre os impactos das tintas na saúde da pele, mas não justifica mudanças nas práticas clínicas atuais.

