Em 2025, o dólar comercial teve uma queda expressiva de cerca de 14% em relação ao real, encerrando o ano cotado a R$ 5,522. Essa flutuação ocorreu em um contexto onde, na primeira sessão do ano, a moeda já apresentava uma desvalorização, fechando a R$ 6,16 no dia 2 de janeiro. O índice dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de divisas, também registrou uma queda significativa de quase 9% durante o ano.
A desvalorização do dólar global foi atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a política econômica dos Estados Unidos sob a administração do presidente Donald Trump e expectativas de desaceleração econômica. Especialistas, como economistas de instituições financeiras, indicaram que o elevado diferencial de juros no Brasil foi um fator importante que atraiu capital estrangeiro, sustentando operações financeiras que beneficiaram o real. Além disso, as incertezas políticas e econômicas nos EUA contribuíram para uma redução na demanda por ativos denominados em dólar.
Conforme o ano avançou, o cenário político brasileiro também influenciou o mercado de câmbio, especialmente com a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, que gerou desconfiança entre investidores. Isso resultou em um enfraquecimento do fluxo de entrada de recursos estrangeiros e uma oscilação do dólar próximo ao final do ano. A expectativa para 2026 é que a dinâmica entre as taxas de juros e a política econômica continue a impactar a valorização do real e os movimentos do dólar no mercado internacional.