O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, inicialmente previsto para ser assinado no último sábado, foi adiado para janeiro. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou a decisão durante uma coletiva de imprensa após a cúpula europeia, ressaltando a necessidade de tempo adicional para resolver questões internas entre os Estados membros.
O adiamento ocorre em meio a protestos de agricultores em Bruxelas, que bloquearam ruas com máquinas e tratores, exigindo uma revisão do acordo. Enquanto isso, o Brasil tem buscado fortalecer suas relações comerciais na Ásia, especialmente com a China, onde as exportações cresceram 28,6% entre agosto e novembro, compensando a queda nas vendas para os Estados Unidos após a imposição de tarifas.
O cenário atual sugere que, se o acordo com a União Europeia se estender até 2026, o Brasil não ficará inativo. A estratégia de diversificação comercial do país, focando em mercados asiáticos, sinaliza uma adaptação rápida às novas condições do comércio global, evidenciando a importância crescente da China nas exportações brasileiras.