A União Europeia (UE) decidiu adiar a assinatura do acordo de livre comércio com o Mercosul, que estava marcada para o dia 20 de dezembro em Foz do Iguaçu. A decisão foi influenciada pela falta de apoio mínimo necessário de vários países, incluindo a Itália, que levantou preocupações sobre salvaguardas adicionais para seus produtores agrícolas. A presidente da Comissão Europeia e o presidente do Conselho da UE planejavam viajar ao Brasil para oficializar o acordo, mas a situação mudou rapidamente.
O adiamento ocorre em um contexto de negociações que se arrastam há quase três décadas e reflete a divisão interna entre os estados membros da UE. A proposta de salvaguardas, que visa proteger os agricultores europeus, não foi suficiente para garantir a aprovação do acordo, levando à necessidade de mais discussões e esclarecimentos. O presidente brasileiro expressou apoio à prorrogação, permitindo que a Itália busque convencer seus agricultores sobre o pacto comercial.
Com o adiamento, as relações comerciais entre a UE e o Mercosul se tornam mais complexas, com possíveis implicações geopolíticas em um cenário global em transformação. O acordo, que visa aumentar as trocas comerciais, agora enfrenta um futuro incerto, levantando questões sobre a credibilidade da UE como parceiro comercial e a viabilidade das negociações em um mundo polarizado entre grandes potências.

