A discussão sobre a implementação de regras de conduta para juízes e ministros no Brasil se intensificou após a prisão de um desembargador, acusado de vazar informações sigilosas. O levantamento do Instituto Democracia em Xeque revela um aumento significativo de ataques ao Judiciário nas redes sociais, especialmente ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral. Este cenário levanta preocupações sobre a legitimidade das instituições e o papel dos magistrados na sociedade.
O ministro Edson Fachin, presidente do Supremo, propõe a criação de um código que estabeleça limites e critérios de comportamento para a magistratura, inspirado em práticas de outros países. A proposta surge em um contexto de crescente polarização política e críticas à atuação de membros do Judiciário, como evidenciado por recentes controvérsias envolvendo viagens de ministros em jatos particulares. A implementação de normas éticas poderia reforçar a confiança pública nas instituições e prevenir conflitos de interesse.
Embora a ideia receba apoio de alguns líderes do Judiciário, a resistência de outros ministros indica desafios pela frente. A proposta de Fachin é vista como uma oportunidade para fortalecer a relação entre a Justiça e a sociedade, promovendo maior transparência e responsabilidade. O debate em torno das normas éticas é crucial para a evolução do sistema judiciário, beneficiando tanto a Justiça quanto a população em geral.

