Haddad propõe parcerias para reestruturação dos Correios sem privatização

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

Durante uma coletiva na quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que os Correios permaneçam sob controle estatal, mas que busquem parcerias com empresas públicas e privadas. Ele ressaltou que a ampla cobertura da estatal, presente em quase todos os municípios brasileiros, oferece oportunidades para a criação de novos negócios, especialmente em serviços financeiros, como seguros e previdência.

Haddad também destacou os desafios financeiros enfrentados pelos Correios, que apresentaram um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024. O ministro enfatizou que qualquer empréstimo dependerá do aval do Tesouro Nacional, e que a atual gestão está comprometida em desenvolver um plano de recuperação que não apenas adie os problemas, mas busque soluções estruturais efetivas. Para Haddad, o serviço postal requer subsídios para se manter, uma vez que a universalização é um desafio financeiro significativo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que não haverá privatização da estatal, mas que a possibilidade de adotar um modelo de economia mista e parcerias está em discussão. Lula reconheceu a importância estratégica dos Correios para o Brasil e mencionou que mudanças na gestão da empresa já estão em andamento para enfrentar a crise. O governo está revisando sua abordagem para garantir a sustentabilidade financeira da estatal, com a expectativa de novas medidas sendo implementadas em breve.

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