Na quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou a perda dos mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara e resulta de faltas não justificadas de Bolsonaro e da condenação criminal de Ramagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido a sua participação em tentativas de golpe após as eleições de 2022.
Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro, registrou 59 ausências não justificadas em sessões deliberativas, excedendo o limite permitido pela Constituição. Por outro lado, Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, foi condenado a 16 anos de prisão, o que resultou na perda automática de seu mandato. A decisão da Mesa Diretora foi tomada sem o apoio de alguns membros da Câmara, gerando controvérsias sobre o processo.
Apesar de perder o mandato, Eduardo Bolsonaro não se tornou inelegível, uma vez que ainda responde a processos no STF. A legislação permite que a Mesa declare a perda do mandato sem votação em plenário, o que tem gerado críticas sobre a natureza política da decisão. A situação levanta questões sobre a autonomia do Parlamento e os limites da atuação da Mesa Diretora.