Na quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciem sobre o laudo da Polícia Federal. O laudo atestou violações na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, que admitiu ter utilizado um ferro de solda no aparelho, alegando curiosidade sobre seu funcionamento.
A PGR terá um prazo de cinco dias para apresentar sua manifestação, seguida pela defesa de Bolsonaro, que também disporá do mesmo tempo para enviar informações que considerarem pertinentes ao STF. O documento da Polícia Federal identificou danos significativos na tornozeleira, sugerindo que foi utilizada uma fonte de calor concentrado, o que poderá ter implicações legais para o ex-presidente, que atualmente cumpre pena de 27 anos e 3 meses por sua condenação em processos relacionados a tentativas de golpe.
Este pedido de Moraes surge em um contexto de crescente tensão política e jurídica envolvendo Bolsonaro, agora preso em Brasília. A situação pode impactar seus direitos legais e a estratégia de defesa, já que a alegação de problemas mentais é um dos argumentos utilizados por seus advogados. O desdobramento desse caso pode influenciar o cenário político brasileiro e as percepções sobre a justiça no país.

