Demissões em Massa Ofuscam Mega Mina Simandou na Guiné

Fernanda Scano
Tempo: 2 min.

O megaprojeto de mineração Simandou, localizado na Guiné, começou a exportar minério de ferro após décadas de atrasos, mas enfrenta uma forte onda de demissões, que afeta milhares de trabalhadores. O projeto, promovido pelo governo militar como um símbolo de transformação econômica, foi oficialmente lançado em novembro, às vésperas das eleições que marcam o retorno à democracia após um golpe em 2021.

Simandou, a maior reserva inexplorada de minério de ferro do mundo, prometia gerar cerca de 120 milhões de toneladas métricas anuais, mas a realidade é de frustração para muitos que esperavam melhorias em suas vidas. O emprego na mina alcançou um pico de 60.000 postos, mas agora, menos de 15.000 trabalhadores serão necessários para operar as instalações, criando um cenário preocupante de desmobilização e riscos sociais. A situação é ainda mais alarmante, pois muitos ex-funcionários não têm alternativas de emprego na região.

O governo militar da Guiné, que detém uma participação no projeto, apresentou um plano de 15 anos, denominado ‘Simandou 2040’, visando diversificar a economia do país. No entanto, o sucesso desse plano depende de investimentos substanciais e da implementação de estratégias eficazes de reemprego, especialmente considerando o impacto negativo que as demissões podem ter na estabilidade social e na segurança local. A pressão sobre o governo para garantir alternativas de emprego se intensifica à medida que as comunidades enfrentam as consequências das demissões em massa.

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