A greve dos trabalhadores dos Correios, iniciada na noite de 16 de dezembro, impacta nove estados brasileiros, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A paralisação foi aprovada por 12 sindicatos que representam a categoria, enquanto 24 outras entidades estão em estado de greve, avaliando uma possível adesão. A empresa, por sua vez, afirma que a adesão à greve é parcial e que foram tomadas medidas emergenciais para manter os serviços essenciais em operação.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) entrou na disputa, buscando uma solução negociada para o impasse salarial. Na quarta-feira, 17 de dezembro, o vice-presidente do TST, ministro Caputo Bastos, anunciou que uma proposta de conciliação foi elaborada e deve ser apresentada com urgência nas assembleias da categoria. Se aprovada, a assinatura do novo Acordo Coletivo de Trabalho está prevista para 26 de dezembro em Brasília, mas caso contrário, o processo retornará ao tribunal para nova análise.
Este conflito se dá em um momento delicado para os Correios, que enfrentam dificuldades financeiras e buscam revisar cláusulas do acordo coletivo atual. A situação se complica com a pressão por benefícios que, embora já incorporados, estão sob revisão em função das restrições orçamentárias enfrentadas pela estatal. A negociação entre os trabalhadores e a direção da empresa continua, com implicações diretas para a condição financeira e os direitos laborais dos empregados.