O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, anunciou em coletiva de imprensa em Brasília que a instituição prevê uma desaceleração da atividade econômica do Brasil nos próximos trimestres. Ele enfatizou que as projeções de inflação estão alinhadas à meta de 3%, mas são cercadas de incerteza, refletindo a volatilidade do cenário econômico atual.
Durante a apresentação, Guillen também atualizou as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 2,0% para 2,3% em 2025, e de 1,5% para 1,6% em 2026. O diretor destacou que o mercado de trabalho apresenta sinais iniciais de moderação, o que pode impactar as decisões futuras do Banco Central em relação à taxa de juros. Ele ressaltou que a política monetária deve ser guiada por dados concretos, evitando uma abordagem muito rígida nas decisões.
As declarações de Guillen e do presidente do BC, Gabriel Galípolo, sugerem um cenário de cautela em relação a cortes na taxa Selic, que permanece em 15% ao ano. O terceiro trimestre de 2027 foi considerado um período chave para a política monetária, uma vez que a inflação deverá estar em foco nas decisões futuras do BC. O mercado permanece dividido sobre a possibilidade de redução da Selic, o que adiciona uma camada de complexidade ao cenário econômico nacional.

