Na manhã de 18 de dezembro de 2025, o dólar reduz sua queda, sendo cotado a R$ 5,5239, após a divulgação de uma pesquisa eleitoral que aponta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como líder nas intenções de voto para as eleições de 2026. A pesquisa, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, revela que Lula venceria todos os cenários de primeiro e segundo turno, o que traz novas incertezas fiscais ao mercado, especialmente em relação à manutenção do modelo de aumento de receitas via impostos.
O Relatório de Política Monetária (RPM) do Banco Central reforça essa incerteza, indicando que as expectativas de inflação permanecem acima da meta de 3%, apesar de uma queda desde setembro. A autarquia destaca a desancoragem das expectativas como um risco significativo, enquanto o mercado avalia a probabilidade de cortes na taxa Selic em janeiro, uma ação que poderia beneficiar os investimentos no Brasil. Além disso, a Bolsa de Londres e a libra esterlina enfrentam pressão, acompanhando a alta dos juros do Gilt após o recente corte de juros pelo Banco da Inglaterra.
Esses eventos refletem um ambiente econômico global instável, onde a decisão do Banco da Inglaterra de reduzir as taxas de juros em 25 pontos-base está ligada a uma desaceleração da inflação e ao aumento do desemprego. A situação na Bolívia, onde o presidente Rodrigo Paz decretou emergência econômica e social, também contribui para um clima de incerteza na América Latina. Assim, as próximas semanas serão cruciais para observar como essas dinâmicas impactarão tanto a economia brasileira quanto a regional.

