No dia 18 de dezembro, em Bruxelas, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o país está pronto para apoiar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Entretanto, essa aprovação está condicionada à resolução de problemas relacionados ao setor agrícola, que ainda carecem de atenção. Durante sua fala, Tajani enfatizou a disposição da Itália em ouvir as demandas dos envolvidos.
Tajani mencionou a necessidade de assegurar que o tratado promova a reciprocidade em questões de normas trabalhistas e uso de pesticidas, que são frequentemente utilizados por produtores sul-americanos, mas que são proibidos na União Europeia. Ele afirmou que, uma vez que esses problemas forem completamente resolvidos, a Itália estará pronta para apoiar o acordo sem reservas. Essa posição reflete a preocupação da Itália com as práticas agrícolas que possam impactar a saúde e segurança dos consumidores europeus.
As declarações de Tajani sinalizam um passo importante nas negociações entre os blocos, mas também ressaltam os desafios que ainda precisam ser enfrentados. A exigência de garantias por parte da Itália pode atrasar a assinatura do acordo, essencial para fortalecer a relação comercial entre a Europa e a América do Sul. O desfecho dessas discussões poderá ter implicações significativas para o comércio internacional e para os mercados agrícolas de ambos os lados.

