Em Bruxelas, no dia 18 de dezembro, o presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia “não pode ser assinado” neste momento. A afirmação foi feita durante sua chegada para uma cúpula de dois dias do Conselho Europeu, que reúne líderes dos 27 Estados-membros. Macron ressaltou a importância de proteger a agricultura francesa e a segurança alimentar antes de qualquer compromisso.
O presidente francês enfatizou que a França, como grande exportadora agrícola, defende o livre comércio, mas impôs exigências claras para a aprovação do tratado. Entre as condições solicitadas estão salvaguardas contra flutuações de preços, proibição de produtos com pesticidas vetados na UE e controle fitossanitário nas exportações. Macron afirmou que, apesar de alguns avanços, as condições ainda não foram atendidas, o que impede a assinatura do acordo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e outros líderes europeus, como o chanceler da Alemanha, expressaram a urgência de avançar nas negociações do acordo. Von der Leyen planeja viajar ao Brasil para assinar o tratado na cúpula do Mercosul. No entanto, a aprovação requer uma maioria qualificada na UE, a qual, neste momento, não foi alcançada devido a ressalvas de alguns países, incluindo a Itália.