Na quinta-feira, 17 de dezembro, o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,52, o maior valor desde 1º de agosto. Esse aumento, que representa o quarto pregão consecutivo de alta, é impulsionado pela percepção de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem aumentado suas chances de reeleição nas eleições de 2026. A moeda americana também se valorizou em relação a outras divisas latino-americanas, contribuindo para a depreciação do real.
As recentes pesquisas eleitorais, especialmente a da Genial/Quaest, têm influenciado o mercado financeiro, ao indicar um cenário mais favorável ao atual presidente. A entrada do senador Flávio Bolsonaro na disputa presidencial também altera as dinâmicas eleitorais, uma vez que sua candidatura pode dividir os votos da oposição. Economistas destacam que o ajuste no câmbio se deve a uma combinação de fatores locais, incluindo as incertezas sobre a política fiscal que se desenha para os próximos anos.
As implicações dessa volatilidade cambial podem ser significativas, afetando a confiança dos investidores e a estabilidade econômica. Com a possibilidade de Lula manter seu modelo de aumento de impostos para financiar as despesas, o cenário político se torna mais complexo. O impacto nas contas públicas e o fluxo cambial será monitorado de perto, especialmente com a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual prevista para esta quinta-feira, que busca estabelecer um superávit fiscal em 2026.

