Nesta quarta-feira (17), o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,522, marcando a maior alta desde agosto, em um cenário de instabilidade no mercado financeiro. A moeda americana subiu R$ 0,06 (+1,09%), operando em alta durante todo o dia e atingindo o pico de R$ 5,53 por volta das 14h. Simultaneamente, o índice Ibovespa da B3 também sofreu recuo, fechando em 157.327 pontos, o que representa a segunda queda consecutiva do indicador.
Fatores tanto internos quanto externos têm contribuído para essa volatilidade. No exterior, o dólar apresentou leve alta em relação a outras moedas, impulsionado por incertezas sobre a taxa de juros nos Estados Unidos após a criação de empregos acima do esperado. Contudo, as incertezas políticas e econômicas no Brasil, especialmente relacionadas às pré-candidaturas para as eleições presidenciais do próximo ano, têm pressionado o mercado local, além da expectativa em torno da redução da Taxa Selic pelo Banco Central.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) não esclareceu quando a Selic poderá ser reduzida, aumentando a cautela entre investidores. Com juros elevados, observa-se uma migração de investimentos da bolsa para a renda fixa. Além disso, a demanda por dólares é impulsionada pelas remessas de lucros de filiais de empresas estrangeiras no final do ano, o que tende a pressionar ainda mais a cotação da moeda americana.