A inflação na Venezuela disparou para 556% nos 12 meses até 17 de dezembro, um aumento significativo em relação aos 219% registrados no final de junho. Esse cenário alarmante se desenrola enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica suas medidas para isolar financeiramente o governo em Caracas. A pressão econômica sobre o país tem sido parte de uma estratégia mais ampla para desestabilizar o regime socialista do presidente Nicolás Maduro.
Os dados sobre inflação, embora baseados em um índice rudimentar que considera apenas o preço de uma xícara de café, refletem um colapso econômico profundo. Trump anunciou recentemente o bloqueio de petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela, o que pode estrangular ainda mais a já debilitada indústria energética local. Essa situação não afeta igualmente a todos os venezuelanos, pois muitos trabalhadores do setor privado agora recebem salários em dólares, permanecendo relativamente imunes ao aumento de preços em bolívares.
No entanto, a inflação representa um golpe severo para aqueles que dependem exclusivamente da moeda local, como funcionários públicos e aposentados. A crise já forçou milhões de venezuelanos a deixarem o país, e a atual situação de hiperinflação pode intensificar essa migração. O futuro econômico da Venezuela permanece incerto, com a necessidade de soluções urgentes para mitigar a crise humanitária.

