A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 17 de dezembro, em segundo turno, o projeto de lei que autoriza a privatização da Copasa, estatal de saneamento. O projeto, de autoria do governador Romeu Zema, recebeu 53 votos a favor e 18 contrários, e agora aguarda a sanção do governador. A votação ocorreu em um clima de tensão, com forte presença de protestos de opositores e sindicatos que se manifestaram contra a privatização.
Durante a sessão, a oposição levantou faixas e gritos de protesto, evidenciando a resistência à medida, que pode impactar diretamente os serviços de água e esgoto no estado. O Estado de Minas Gerais possui 50,3% das ações da Copasa, e a privatização pode ocorrer por meio de leilão ou oferta de ações, com a expectativa de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões. A proposta de desestatização é justificada pelo governo como necessária para atender às metas de saneamento previstas na legislação nacional.
As implicações dessa privatização podem ser profundas, não apenas para os serviços de saneamento, mas também para a política local, uma vez que Zema busca capitalizar politicamente com a operação. A expectativa é que a venda da Copasa ocorra no primeiro trimestre de 2026, antes das eleições, o que pode influenciar a trajetória política do governador. Além disso, os recursos gerados pela privatização devem ser destinados à amortização da dívida do Estado e ao cumprimento de outras obrigações financeiras.

