Na quarta-feira (17), a Justiça de El Salvador condenou um advogado ambientalista e um líder camponês a três anos de prisão, mas ambos conseguiram a liberdade condicional. O advogado Alejandro Henríquez e o pastor evangélico José Ángel Pérez foram detidos por participar de um protesto que pedia a intervenção do presidente Nayib Bukele em um caso de despejo de uma cooperativa agrícola. Eles foram acusados de ‘resistência agressiva’ e ‘desordem pública’.
Após a condenação, os ativistas deixaram o centro judicial de Santa Tecla sob a condição de cumprir regras de conduta, incluindo a proibição de participação em novos protestos. A legislação salvadorenha permite penas de até três anos sem encarceramento. A defesa argumentou que o caso estava ‘politizado’ e destacaram o caráter pacífico da manifestação.
A condenação gerou reações de organizações internacionais, como a ONU e a Anistia Internacional, que pediram a revogação das acusações e consideraram os dois como ‘presos de consciência’. O caso levanta preocupações sobre a criminalização do direito à livre manifestação em El Salvador, um tema que continua a ser objeto de debate entre defensores dos direitos humanos no país.