Nesta quarta-feira (17), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou uma maioria de votos para anular parte da investigação da Polícia Federal contra o governador do Acre, Gladson Cameli. O governador, que é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob acusações de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação, vê sua situação jurídica se complicar à medida que a votação virtual avança, com um placar atual de 3 a 1 a favor da defesa.
Os advogados de Cameli alegaram que a apuração foi marcada por irregularidades, incluindo a requisição de relatórios financeiros do Coaf sem a devida autorização judicial. O ministro Mendonça, que votou a favor da anulação, mencionou que as irregularidades ocorreram no início das investigações, que começaram em 2019. Além disso, a defesa ressaltou que cerca de R$ 11 milhões teriam sido desviados por meio de contratos firmados com empresas ligadas a familiares do governador.
Enquanto isso, a Corte Especial do STJ também prossegue com o julgamento da ação penal contra Cameli, que pode resultar em uma condenação de até 25 anos de prisão e a perda do cargo. O processo será retomado em 2026, após o pedido de vista de um dos ministros. O desfecho dessa situação pode ter profundas implicações tanto para a governança no Acre quanto para a carreira política do governador.

