Na quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para anular parte da investigação da Polícia Federal (PF) contra o governador do Acre, Gladson Cameli. Ele é acusado de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, com um suposto desvio de R$ 11 milhões. A decisão foi motivada por alegações de irregularidades durante o processo investigativo.
As investigações começaram em 2019 e envolvem o suposto desvio de recursos por meio de empresas que tinham contratos com o governo estadual. Segundo a PF, essas empresas, que tinham familiares do governador como sócios, teriam realizado o desvio de verbas públicas. Até o momento, o placar da votação está em 3 a 1 a favor do reconhecimento das falhas na apuração, com uma nova votação agendada para o dia 19 de dezembro.
O processo também está sendo julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a relatora solicitou a condenação de Cameli a 25 anos de prisão e o pagamento de indenização de R$ 11 milhões. O julgamento no STJ foi suspenso e será retomado em 2026, após o recesso de fim de ano. As implicações dessa decisão podem afetar significativamente a situação política do governador e a gestão pública no Acre.