O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira, 17, em Moscou, que seu país alcançará “sem nenhuma dúvida” os objetivos estabelecidos na Ucrânia. Durante uma reunião com altos funcionários do Ministério da Defesa, ele reafirmou o compromisso da Rússia em controlar os territórios que reivindica, mesmo diante de esforços diplomáticos para encerrar o conflito. Putin enfatizou que a operação militar especial continuará, caso o diálogo não avance de forma substancial.
O líder russo expressou a preferência por resolver as tensões por meio da diplomacia, mas deixou claro que a Rússia está disposta a agir militarmente se necessário. Em meio a isso, a Ucrânia elogiou os avanços nas negociações com os Estados Unidos sobre garantias de segurança, embora ainda existam diferenças significativas em relação a quais territórios seriam cedidos à Rússia. A proposta inicial dos EUA, redigida sem o envolvimento dos aliados europeus, gerou controvérsias sobre a retirada ucraniana de áreas estratégicas como Donetsk e o reconhecimento de regiões como Crimeia e Luhansk como russas.
O Kremlin aguarda informações sobre o resultado das conversas em Berlim entre os enviados do presidente americano e a Ucrânia. O porta-voz Dmitri Peskov manifestou a expectativa de receber detalhes sobre as negociações, ressaltando a importância da comunicação entre os países envolvidos. A situação permanece tensa, com a Rússia tendo anexado oficialmente regiões ucranianas no passado, apesar de não ter controle total sobre elas, deixando o futuro das negociações incerto.

