Na terça-feira, 17 de dezembro, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que não há acordos ou negociações no Senado relacionados ao PL da Dosimetria. Essa proposta, que visa reduzir as penas de condenados pelos eventos de 8 de janeiro, inclui benefícios ao ex-presidente Jair Bolsonaro e deve ser votada na Casa no dia seguinte. Gleisi deixou claro que o governo se opõe firmemente à proposta, defendendo que aqueles que atentaram contra a democracia devem arcar com as consequências de seus atos.
A declaração de Gleisi surge em um momento em que alguns senadores alegam que o projeto de dosimetria estaria atrelado a um acordo entre governo e oposição, visando a aprovação de medidas tributárias. A ministra, junto a outras lideranças do governo, rejeitou essa narrativa, enfatizando que a orientação é votar contra o projeto. A proposta, segundo ela, não apenas beneficia os envolvidos nos eventos de janeiro, mas também condenados por outros crimes, o que fere a integridade da justiça.
O desdobramento dessa situação poderá impactar significativamente a dinâmica política no Senado, especialmente com a votação do projeto agendada para a quarta-feira. Caso a proposta siga adiante, poderá abrir precedentes para discussões sobre a leniência em relação a crimes contra a democracia. A postura do governo, ao se opor à redução das penas, reflete uma tentativa de reafirmar o compromisso com a justiça e a responsabilização de líderes políticos por suas ações.