Goldman Sachs alerta sobre incertezas climáticas e preços de energia no Brasil

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

O fenômeno La Niña, que pode persistir até o primeiro trimestre de 2026, traz incertezas significativas para os preços de energia no Brasil, segundo análise do Goldman Sachs. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) aponta uma probabilidade de 32% para a continuidade do fenômeno, enquanto 68% indicam uma transição para um cenário neutro. Este cenário pode impactar tanto a produção de energia quanto os custos para os consumidores.

Historicamente, a La Niña tem sido associada a um aumento nas chuvas no Brasil, mas o Goldman Sachs observa que, em média, esse efeito é pouco significativo. A correlação entre a variação das chuvas e os índices de El Niño/La Niña é baixa, o que complica as previsões de impacto no setor energético. As projeções do banco indicam que os preços spot de energia devem permanecer estáveis, em torno de R$ 220 por megawatt-hora até 2028, dependendo do comportamento das chuvas.

Os efeitos do fenômeno variam por região no Brasil; enquanto o Norte e Nordeste podem enfrentar chuvas intensas, o Sul pode ter períodos mais secos. Para o Sudeste e Centro-Oeste, os dados históricos não mostram impactos consistentes. Assim, as incertezas climáticas e os desafios na previsibilidade dos preços continuam a ser uma preocupação para o setor energético nos próximos anos.

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