Médicos na Inglaterra realizam 14ª greve em menos de dois anos

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

Em 17 de dezembro de 2025, milhares de médicos na Inglaterra iniciaram uma greve de cinco dias, a 14ª em menos de dois anos. A greve ocorre em um contexto de epidemia de gripe e com as festas de Natal se aproximando, evidenciando a pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde (NHS). Os médicos residentes estão exigindo aumentos salariais para compensar a inflação, tendo rejeitado uma proposta recente do governo trabalhista que não incluía um aumento real.

Os profissionais de saúde, que representam cerca de metade do total no país, iniciaram a greve às 7h00 (horário local). O sindicato British Medical Association (BMA) reivindica um aumento de quase 26% para os médicos residentes, em resposta à significativa perda de poder aquisitivo nos últimos anos. Esta paralisação se dá em um momento crítico para o NHS, que enfrenta altos índices de internações por gripe e longas listas de espera.

O ministro da Saúde expressou preocupação com a greve, considerando-a um momento desafiador para o NHS, enquanto o primeiro-ministro classificou a ação como irresponsável, alegando que os médicos já receberam aumentos substanciais. A população britânica parece dividida, com apenas um terço apoiando a greve, o que indica uma crescente tensão entre os profissionais de saúde e o governo. O desdobramento dessa situação poderá ter impactos significativos nas políticas de saúde e na relação entre governo e médicos.

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