Cedric Lodge, ex-gerente do necrotério da Harvard Medical School, foi condenado na terça-feira a oito anos de prisão por roubar e vender partes de corpos que foram doados para pesquisa científica. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que Lodge se declarou culpado em maio, após ser acusado de tráfico de restos mortais, que incluíam órgãos e tecidos humanos, entre 2018 e março de 2020.
O ex-gerente e sua esposa, Denise Lodge, de 65 anos, transportavam os restos mortais da universidade em Boston para sua casa em Goffstown, New Hampshire, além de outros locais em Massachusetts e na Pensilvânia. Os pedaços de corpos eram vendidos a compradores em outros estados sem a autorização dos doadores ou de suas famílias. A condenação de Denise, que recebeu um ano de prisão, ressalta a gravidade das ações de ambos, segundo o Departamento de Justiça.
A sentença de Cedric Lodge é vista como um passo importante para responsabilizar aqueles envolvidos em crimes relacionados à ética na pesquisa científica. O FBI destacou que muitos dos restos mortais vendidos por Lodge foram posteriormente revendidos com fins lucrativos. Vários compradores já enfrentam consequências legais, evidenciando a seriedade da violação de confiança em relação aos doadores e suas famílias.

