Rodrigo Chaves evita destituição com apoio do Congresso costarriquenho

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, conseguiu evitar um novo processo de destituição nesta terça-feira (16), quando o Congresso decidiu não retirar sua imunidade. A solicitação de afastamento foi feita pelo Tribunal Supremo Eleitoral, que buscava investigar Chaves por supostamente utilizar seu cargo para favorecer um programa político de olho nas eleições de 2026. A votação resultou em 35 votos a favor e 21 contra, porém eram necessários 38 votos para a aprovação da moção.

Durante o debate, a deputada Alejandra Larios criticou Chaves, afirmando que ele estaria utilizando recursos públicos para influenciar o processo eleitoral, o que é proibido pela legislação costarriquenha. Por outro lado, a deputada María Marta Carballo alertou que retirar a imunidade por uma questão não penal poderia ser um ataque à democracia. Essa foi a segunda vez que Chaves enfrentou uma situação semelhante, pois em setembro o Congresso também rejeitou uma proposta de remoção de seu foro em um caso de suposta corrupção, algo inédito no país.

Caso Chaves tivesse sua imunidade retirada e fosse condenado, poderia ser destituído e tornar-se inelegível por anos, segundo analistas. No entanto, a fragmentação do Congresso e a proximidade do fim de seu mandato em maio tornam a oposição pouco provável de reunir os votos necessários. A situação é crítica, e o apoio de figuras influentes, como o congressista republicano Mario Díaz-Balart, destaca a complexidade do cenário político em um momento tão próximo das eleições.

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