No dia 16 de dezembro, os juros futuros negociados na B3 apresentaram uma alta significativa, influenciados pela falta de clareza nas diretrizes do Comitê de Política Monetária (Copom) e por um cenário eleitoral volátil. A divulgação de uma pesquisa eleitoral indicou que o presidente Lula tem vantagem sobre seus adversários, o que provocou reações no mercado financeiro e alterações nas expectativas em relação a possíveis cortes na taxa Selic em janeiro.
O tom conservador da ata do Copom, que não trouxe novidades sobre a política monetária, contribuiu para um aumento nas apostas de manutenção da Selic, que passaram de 47% para 53%. Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) também refletiram essa incerteza, com a taxa para janeiro de 2027 subindo para 13,725%. O chefe de política monetária do Santander destacou que o Copom não pretende antecipar seus movimentos, o que gera uma expectativa cautelosa entre os investidores.
Com a volatilidade do cenário eleitoral em destaque, a possibilidade de Flávio Bolsonaro como um candidato viável alterou as percepções de risco no mercado. Apesar da alta nos juros, os rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos caíram, mostrando um panorama misto no exterior. O mercado permanece atento às próximas divulgações e à evolução do quadro político, que poderá impactar as decisões futuras do Copom e a economia brasileira como um todo.

