Em Roma, no dia 16 de dezembro de 2025, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar da Itália, Francesco Lollobrigida, afirmou que o país apoia a continuidade das negociações para o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. No entanto, ele advertiu que a concretização do pacto não deve ser apressada, considerando o atual cenário de divisões entre os países europeus, com França, Áustria e Polônia mostrando resistência significativa à proposta.
Lollobrigida ressaltou que, apesar das objeções, o acordo tem potencial positivo e deve ser aprimorado para atender às necessidades de todos os envolvidos. Durante sua fala, ele questionou a urgência em avançar em um contexto de incertezas, sugerindo que é mais prudente buscar um equilíbrio que beneficie tanto os agricultores quanto a indústria. O presidente da Confederação-Geral da Indústria Italiana também expressou otimismo em relação ao apoio do governo italiano ao acordo.
Enquanto isso, na França, o Senado aprovou uma resolução pedindo ao governo que busque medidas legais para bloquear o acordo, argumentando que a União Europeia desconsiderou as opiniões dos Parlamentos nacionais. Em contrapartida, na Alemanha, um secretário de Estado destacou a importância de estreitar laços comerciais com o Mercosul, enfatizando que as oportunidades de mercado na América do Sul superam os desafios apresentados. Essa situação continua a gerar discussões acaloradas sobre o futuro das relações comerciais entre os blocos.

