Em 16 de dezembro de 2025, autoridades europeias e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, firmaram um acordo em Haia para estabelecer uma Comissão Internacional de Indenizações de Guerra. O órgão, que contará com a participação de 35 países, será responsável por avaliar as reivindicações de reparações à Ucrânia pelos danos decorrentes da invasão russa, com a possibilidade de financiar esses pagamentos a partir dos ativos russos congelados na Europa.
Zelenski elogiou a iniciativa, afirmando que ela deve servir como um exemplo para outros países, ressaltando a importância de responsabilizar o agressor. O mecanismo de reparações será coordenado pelo Conselho da Europa, que já recebeu mais de 80.000 reivindicações de compensação e está trabalhando na criação de um fundo que deve estar operacional em um prazo de 12 a 18 meses. No entanto, a implementação do fundo e o processo de financiamento permanecem incertos, especialmente diante da resistência de alguns países, como a Bélgica.
A criação da comissão representa um passo significativo nas tentativas de responsabilizar a Rússia pelos danos causados, mas o caminho para efetivar os pagamentos às vítimas ainda apresenta desafios legais e políticos. Enquanto líderes europeus discutem a utilização de ativos congelados, a pressão por um acordo de paz e garantias de segurança para a Ucrânia continua a ser uma prioridade nas negociações em andamento, reforçando a complexidade do cenário geopolítico atual.

