Nesta terça-feira (16), o Kremlin expressou sua desaprovação à inclusão de países europeus nas negociações sobre o plano dos Estados Unidos para a Ucrânia. O porta-voz Dmitri Peskov afirmou que essa participação ‘não prenuncia nada de bom’ e ressaltou que Moscou ainda não recebeu informações sobre os resultados das discussões ocorridas em Berlim. Ele enfatizou a necessidade de a Rússia estar informada sobre os detalhes antes de considerar sua participação em futuras reuniões.
As negociações, que ocorreram entre a Alemanha, França, Reino Unido e a União Europeia, visam estabelecer um plano para encerrar os combates na Ucrânia. Durante os diálogos, foi proposta a formação de uma ‘força multinacional para a Ucrânia’, com apoio dos Estados Unidos, além de um Exército ucraniano ampliado e um mecanismo de supervisão do cessar-fogo. Contudo, Moscou tem se oposto à mobilização de tropas europeias ou da Otan na região, gerando tensões adicionais.
As preocupações levantadas pelo Kremlin refletem a complexidade das relações internacionais no contexto do conflito ucraniano. A possibilidade de um eventual cessar-fogo e a proteção que a Ucrânia poderia receber dos aliados ocidentais são questões centrais nas negociações. O desdobramento dessa situação pode influenciar significativamente a dinâmica geopolítica na Europa, especialmente em relação à segurança e à estabilidade na região.

